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A Petrobras anunciou a construção de 8 novos navios gaseiros e a contratação de 20 embarcações de apoio marítimo, aumentando sua capacidade de transporte de GLP e derivados. Com a frota da Transpetro passando de 6 para 14 embarcações, a capacidade total de transporte triplicará, atendendo à crescente demanda por gás natural no Brasil, enquanto iniciativas de reaproveitamento de plataformas promovem sustentabilidade e eficiência, gerando empregos e impulsionando a economia local.
A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (17), o edital para construção de 8 navios gaseiros, em um evento que contou com a presença do presidente Lula. Este passo faz parte do Programa de Renovação e Ampliação da Frota da Transpetro, visando atender à crescente demanda por transporte de GLP e derivados no Brasil.
O Edital e a Construção dos Navios Gaseiros
No evento realizado em Angra dos Reis, a Petrobras lançou o edital para a construção de 8 navios gaseiros, uma iniciativa que representa um marco importante para a indústria naval brasileira. Essa licitação é a segunda fase do processo de renovação da frota da Transpetro, subsidiária da Petrobras responsável pelo transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP) e derivados.
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O edital prevê a construção de embarcações com capacidades variadas, incluindo navios de 7 mil, 10 mil e 14 mil metros cúbicos. Essa diversidade de tamanhos permitirá à Transpetro não apenas aumentar sua frota, mas também se adaptar às demandas específicas de transporte de diferentes produtos, como amônia, que até então não era transportada pela empresa.
As embarcações serão divididas em dois lotes, garantindo uma concorrência saudável entre os estaleiros. Um dos lotes abrange 5 navios, com três deles de 7 mil m³ e dois de 14 mil m³. O outro lote contempla três navios de 10 mil m³, do tipo semirefrigerado. Essa estrutura de lotes visa fomentar a participação de diversos estaleiros, ampliando as oportunidades no setor naval.
As empresas interessadas têm um prazo de 90 dias para apresentar suas propostas, e a expectativa é que o primeiro navio seja lançado em até 30 meses após a formalização do contrato. Além disso, os demais navios devem ser entregues sucessivamente a cada seis meses. Essa estratégia não apenas acelera a renovação da frota, mas também promete aumentar a eficiência operacional da Transpetro, com novas embarcações que serão até 20% mais eficientes em consumo e que reduzirão em 30% as emissões de gases do efeito estufa.
Impacto na Capacidade de Transporte da Transpetro
A construção dos novos navios gaseiros terá um impacto significativo na capacidade de transporte da Transpetro. Com a aquisição desses 8 novos gaseiros, a frota da empresa passará de 6 para 14 embarcações, triplicando a capacidade total de transporte de GLP e derivados. Essa ampliação é crucial, especialmente considerando o aumento da produção de gás natural no Brasil e a crescente demanda por transporte eficiente.
Atualmente, a Transpetro possui uma capacidade de transporte de 36 mil m³, que será elevada para até 108 mil m³ com a entrada em operação dos novos gaseiros. Essa mudança não só fortalece a posição da Transpetro como um dos principais armadores brasileiros no transporte de gás, mas também garante maior flexibilidade nas operações logísticas, permitindo atender a um mercado em constante evolução.
Além disso, a nova frota está projetada para operar em diferentes regiões do Brasil, incluindo a costa brasileira e áreas de navegação fluvial, como a região Norte e a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. Essa capacidade ampliada permitirá à Transpetro atender melhor as demandas locais e regionais, garantindo que o gás e seus derivados cheguem a mais consumidores de forma eficiente.
Com a previsão de que os novos gaseiros sejam até 20% mais eficientes em termos de consumo, a Transpetro não apenas aumentará sua capacidade de transporte, mas também contribuirá para a redução das emissões de gases do efeito estufa, alinhando-se às práticas sustentáveis exigidas pelo mercado atual.
Reaproveitamento de Plataformas: Um Novo Caminho
Durante o evento em Angra dos Reis, a Petrobras anunciou a assinatura de protocolos de intenções para o reaproveitamento de plataformas, um passo estratégico que visa a sustentabilidade e a eficiência operacional na indústria naval. Este projeto envolve a colaboração com diversas instituições, como o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e a Associação Brasileira das Empresas da Economia do Mar (Abeemar).
O objetivo é analisar a viabilidade do reaproveitamento de 10 plataformas que estão previstas para serem desmobilizadas até 2029. Essa iniciativa não só busca reduzir custos logísticos, mas também fortalecer a base de fornecedores e promover melhores práticas de sustentabilidade, alinhando-se às diretrizes de ASG (ambiental, social e governança) da Petrobras.
A gestão de ativos de produção, especialmente no setor de petróleo e gás, tornou-se cada vez mais relevante, e o reaproveitamento de plataformas surge como uma alternativa viável e inovadora. A Petrobras acredita que essa abordagem não apenas maximiza o uso de recursos, mas também contribui para uma economia circular, onde os ativos são reutilizados em vez de descartados.
Além disso, o reaproveitamento de plataformas pode gerar novos empregos e impulsionar a indústria local, criando um ciclo positivo que beneficia tanto a empresa quanto a comunidade. Ao integrar práticas sustentáveis em suas operações, a Petrobras se posiciona como uma líder no setor, demonstrando seu compromisso com a inovação e a responsabilidade ambiental.
Contratação de Embarcações de Apoio Marítimo
A Petrobras também anunciou a contratação de 20 novas embarcações de apoio marítimo, que desempenharão um papel crucial nas operações da companhia. Dentre essas embarcações, 10 serão destinadas ao apoio e resposta a emergências (OSRVs), 8 para inspeção e intervenções em sistemas submarinos (RSVs) e 2 para ancoragem de plataformas (AHTS). Essa iniciativa é parte de um esforço contínuo para garantir a segurança e a eficiência das operações no setor offshore.
As novas embarcações de apoio marítimo serão construídas em estaleiros localizados em Santa Catarina e estão projetadas para incorporar tecnologias de última geração. A Petrobras destacou que as embarcações de apoio marítimo terão 40% de conteúdo local na construção, conforme os padrões de aferição da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Isso não apenas fortalece a indústria naval brasileira, mas também promove a economia local.
Um dos principais focos dessas novas embarcações é a adoção de práticas sustentáveis. As embarcações OSRVs, por exemplo, serão equipadas com tecnologias que visam minimizar o impacto ambiental, contribuindo para a prevenção de acidentes e proteção do meio ambiente marinho. Essa abordagem demonstra o compromisso da Petrobras com a sustentabilidade e a responsabilidade social, alinhando-se às expectativas do mercado e das comunidades que operam nas áreas costeiras.
Com a contratação dessas embarcações, a Petrobras espera aumentar a eficiência operacional e a capacidade de resposta a emergências, garantindo que suas operações em alto-mar sejam realizadas com segurança e eficácia. Essa expansão da frota de apoio marítimo também reforça a posição da Petrobras como um dos principais players no setor, fortalecendo sua presença e competitividade no mercado global.
Conclusão
A recente iniciativa da Petrobras de lançar o edital para a construção de 8 navios gaseiros e a contratação de novas embarcações de apoio marítimo representa um avanço significativo para a indústria naval brasileira.
Com a ampliação da frota da Transpetro, a capacidade de transporte de GLP e derivados será triplicada, permitindo atender à crescente demanda por gás natural no país.
Além disso, o reaproveitamento de plataformas demonstra um compromisso com a sustentabilidade e a eficiência, promovendo práticas que beneficiam não apenas a empresa, mas também a economia local e o meio ambiente.
As novas embarcações de apoio marítimo, equipadas com tecnologias inovadoras, reforçarão a segurança e a eficácia das operações offshore, alinhando-se às melhores práticas do setor.
Essas iniciativas não apenas impulsionam a competitividade da Petrobras, mas também geram oportunidades de emprego e fortalecem a indústria naval nacional, consolidando o papel da empresa como líder no transporte de gás e na promoção de um futuro mais sustentável.
