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Suspensão definitiva de plataformas onshore de petróleo deve gerar investimento bilionário no Espírito Santo

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 12/11/2021 às 10:58
Com a desativação de algumas plataformas onshore de petróleo na região, o Espírito Santo deve receber investimento de cerca de R$ 2 bilhões até 2025
Com a desativação de algumas plataformas onshore de petróleo na região, o Espírito Santo deve receber investimento de cerca de R$ 2 bilhões até 2025. Fonte: Divulgação

Com a desativação de algumas plataformas onshore de petróleo na região, o Espírito Santo deve receber investimento de cerca de R$ 2 bilhões até 2025

Durante a última quarta-feira, (10/11), ocorreu o evento Oils, Gas and Energy Week, realizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a coordenadora de Descomissionamento e Recuperação de Áreas da Superintendência de Segurança Operacional e Meio Ambiente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Karen Alves, comentou que o Espírito Santo deverá ter um investimento de cerca de R$ 2 bilhões até 2025, com a desativação das plataformas onshore de petróleo.

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Das 66 unidades de produção onshore que o Brasil possui atualmente, cerca de 60 devem ser desativadas até o ano de 2030, uma vez que já passaram dos 25 anos e precisam ser suspensas definitivamente. Assim, Karen sugeriu, durante o evento, que os portos possam se reestruturar novamente para trazer mais rentabilidade ao país e ela prevê um investimento de cerca de R$ 2 bilhões apenas no Espírito Santo, em razão das suas reservas.

A coordenadora da companhia ainda comentou acerca da importância do descomissionamento e dessa desativação das plataformas onshore de petróleo para o país, em especial, o estado do Espírito Santo, afirmando que “vemos que, além da Petrobrás, outras novas empresas chegam, principalmente no onshore, passando todas essas informações e contribuindo com experiência. Isso é bastante relevante quando falamos de descomissionamento e revitalização”.

Para Karen, as plataformas onshore de petróleo são bastante desafiadoras por se tratar de operações em terra, o que contribui para o desenvolvimento de pesquisas nesta área. A executiva ainda destacou, em relação a essas plataformas, que “são campos desafiadores, mas que nos ensinam e trazem uma possibilidade para pesquisa e desenvolvimento – principalmente para os jovens que estão se ingressando – e espero que isso continue com outros temas também”.

Brasil possui alternativas viáveis e pode começar a pensar em novas operações após o descomissionamento, segundo Karen 

Com a desativação de algumas plataformas onshore nos próximos anos, a previsão é de que, até 2030, elas somem mais de 100 projetos, contando com os que já foram descomissionados. Assim, as reservas do Espírito Santo poderão ser aproveitas e o investimento de cerca de R$ 2 bilhões é bastante significativo, pois representa cerca de 7% do total de R$ 26 bilhões que estão previstos para investimento em todo o Brasil até o ano de 2024, podendo crescer ainda mais nos próximos anos.

Ainda sobre essa revolução e desativações, Karen afirma que “essa revolução estabelece ofertas permanentes a questão de reversão de bens e também a devoluçāo de áreas, que foi bastante importante termos a publicação deste regulamento para que pudéssemos ter um novo marco regulatório do tema” e complementa destacando: “espero que ainda possamos ter muito sucesso com a descomissionamento no Brasil e no Espírito Santo também, que já trouxe bastante contribuição, de forma geral”.

O que se espera agora é que o Brasil utilize toda a sua criatividade e comece a projetar novas alternativas para essas reservas, com o reaproveitamento de pesquisas antigas e até mesmo o desenvolvimento de novas operações para esse setor. Assim, a desativação dessas plataformas onshore poderá contribuir ainda mais para o setor no país. 

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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