Navegando por águas seguras e inovadoras, a Marinha do Brasil acaba de dar um grande salto em direção ao futuro da segurança nuclear e marítima. Em uma cerimônia que reuniu nomes de peso do setor naval e nuclear, tanto do Brasil quanto do exterior, o Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, Comandante da Marinha, oficializou a posse do Almirante de Esquadra (RM1) Petronio Augusto Siqueira de Aguiar como o primeiro Secretário Naval de Segurança Nuclear e Qualidade. Este momento marca um novo capítulo na história naval brasileira, onde a segurança nuclear assume o leme das operações marítimas.
Para quem acompanha de perto os ventos que movem as inovações e desafios do setor naval, a criação da Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ) é mais do que uma notícia: é um farol que ilumina o compromisso do Brasil com a segurança e a sustentabilidade em suas águas jurisdicionais. A SecNSNQ surge como uma bússola que guiará a Marinha do Brasil na regulação, licenciamento, fiscalização e controle de submarinos, navios de superfície e outras embarcações que utilizem reatores nucleares.
O Comandante da Marinha, ao discursar, enfatizou a importância estratégica do Submarino com Propulsão Nuclear, parte integrante do Programa Nuclear da Marinha, e o compromisso com a segurança operacional deste meio. A implementação da SecNSNQ reflete o esforço para alinhar o Brasil às diretrizes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), garantindo a proteção da sociedade e do meio ambiente contra os efeitos das radiações ionizantes.
O Almirante Petronio, ao assumir o leme desta nova secretaria, destacou a necessidade de equilibrar a segurança nuclear com a segurança marítima, duas áreas distintas, mas profundamente interligadas. Ele apontou para a importância de estabelecer diretrizes e protocolos de segurança robustos, promover acordos internacionais e tratados, e fomentar a cooperação entre agências nacionais e internacionais responsáveis por essas áreas.
A parceria com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) foi especialmente enfatizada pelo presidente Francisco Rondinelli Júnior, que vê na colaboração com a SecNSNQ uma oportunidade de fortalecer a segurança nuclear e a qualidade das atividades do setor no Brasil. Este trabalho conjunto promete não apenas compartilhar conhecimentos técnicos e realizar ações conjuntas, mas também implementar programas de capacitação e treinamento, contribuindo para a promoção de uma cultura de segurança nuclear e qualidade industrial.
Para nós, entusiastas e profissionais do setor naval, este é um momento de celebração e reflexão. A criação da SecNSNQ não apenas reafirma o compromisso do Brasil com as aplicações pacíficas da energia nuclear, mas também abre novos horizontes para a segurança e a inovação no setor naval. Estamos navegando em direção a um futuro onde a segurança nuclear e marítima caminham lado a lado, garantindo a proteção das nossas águas, da nossa gente e do nosso meio ambiente. Que este seja apenas o início de uma jornada segura e promissora nas águas brasileiras.