Navios Usina contratados pelo Governo Federal atrasam e pode ter impacto financeiro aos cofres públicos

Informações Via Terra

'Navios-usina' contratados a custo bilionário atrasam e só devem começar a gerar energia em agosto

Para conter o risco de apagão, o governo contratou quatro navios que geram energia térmica à gás por R$ 3 bilhões, mas ainda não há linhas de transmissão para interligá-los ao sistema de energia – 

A contratação de quatro navios-usina pelo governo federal, medida emergencial tomada no fim do ano passado para garantir o abastecimento de energia no País

Atrasada, a iniciativa ainda não acendeu uma única lâmpada no Brasil, embora tenha impacto bilionário da conta de luz.

Por contrato, esses navios-usina tinham que ter começado a entregar energia no dia 1.º de maio. O prazo era uma condição essencial para justificar um acordo fechado em outubro do ano passado

quando o País estava com a maior parte dos reservatórios das hidrelétricas esvaziada e convivia sob a ameaça de um desabastecimento elétrico neste ano

o governo federal fez a contratação por meio de um "procedimento competitivo simplificado" ao custo de R$ 3 bilhões por ano

O plano foi publicar um edital emergencial, sem exigência de estudos técnicos aprofundados e que dispensava processos básicos de licenciamento ambiental

O resultado é que tudo atrasou. Nenhum navio-usina foi ligado até hoje e sequer toda a estrutura contratada está ancorada na região escolhida.

O projeto é inédito no Brasil. Os quatro navios turcos da empresa Karpowership funcionam como grandes usinas movidas a gás

Eles estão ancorados na Baía de Sepetiba, a três quilômetros de distância da costa do Rio de Janeiro,

Eles devem ser ligados a uma linha de transmissão de energia de 15 quilômetros, que sairia do mar e chegaria a uma subestação de energia na costa

A partir dali, a energia seria enviada para qualquer região do País, por meio do sistema interligado de transmissão de energia. Acontece que não ficou pronto.

O prazo atual mais otimista prevê o início das operações em 1.º de agosto, ou seja, três meses depois do prazo originalmente exigido

Ao todo, o impacto financeiro sobre o consumidor será da ordem de R$ 39 bilhões

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